terça-feira, 15 de dezembro de 2015

MUITO EMBORA MUITOS NÃO CONCORDEM, E EU SOU UMA DELAS, MAS POR FAVOR... O ROLLING STONES PEDE PASSAGEM...E É PRA ONTEM!

A boa nova é que é sempre sobre rock and roll e como é nova, o que eram rumores há alguns meses, hoje é realidade. A Majestade está de volta... Mick Jagger e sua turma desembarcam novamente em terras tupiniquins. Acho que devemos agradecer pela Seleção Brasileira não estar em campo, pois reza a lenda que sempre que o Imperador (Mick Jagger) aparece em partidas de futebol, o favorito perde... e como podemos esquecer de uma goleada de 7 gols do simpático, decente e rival alemão? Completamente impossível. Por que? 1. Porque vieram jogar futebol. 2. Porque deram lição de cidadania para os pilantras dos políticos brasileiros engolirem seco. 

É por aí... o ano passou, a Copa do Mundo foi embora (felizmente para bem longe), mas nós, nação do rock continuamos em pé e sempre esperando quem vai atracar por aqui.

Segundo Rodrigo Ortega (Revista Super Interessante), declarou que o símbolo da banda tem os seguintes significados: 

Língua dos Rolling Stones
1. Símbolo da banda de rock inglesa Rolling Stones, que faz aniversário em julho.

2. Em 1970, ela encomendou ao designer John Pasche uma imagem que fosse "antiautoridade e sexy".

3. Era símbolo do selo lançado pela banda em 1971, mas logo passou a ser vinculado aos Stones.

4. A inspiração é óbvia: o bocão do vocalista Mick Jagger.


Tenho uma preguiça imensa de escrever em alguns dias. Peço desculpas, mas é que tenho a impressão de que tudo o que eu escrever aqui, todo mundo já sabe mesmo sem ler. É que rock and roll dispensa carteiras escolares porque elas se encontram onde está o novo, o moderno, o educativo que finge não saber que é... É fácil aprender com um concerto de guitarras e o contraponto da bateria... está nos ouvidos... 

Então, moçada, é o seguinte, basta, no momento, saber que a galera do RS estará por aqui nos dias citados.

Informações sobre a banda e tudo o que devemos saber sobre ela, eu escrevo depois. Tá a maior terça-feira com cara de sábado e a minha preguiça e o tanto de trabalho é imenso.

Volto mais tarde ou amanhã... ah! e trarei o Inesquecível Nirvana numa matéria exclusivamente deles.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

NESTA SEMANA ANOTHER BRICK IN THE WALL FEZ 36 ANOS

Mas para quem  sabe o que é rock and roll e gosta de Pink Floyd, falar da música apenas, seria uma hiperdesvalorização do Pink Floyd... sim, é isso mesmo... porque para quem curte rock an roll, Pink Floyd é religião.



Vamos aos fatos, Pink Floyd é uma das maiores bandas de rock progressivo e a música em si, diferentemente do que pensam os ativistas da liberdade, apesar de nos lembrar da Queda do Muro de Berlim, ela tem um significado que vai muito mais além.

Veia de roqueiro é como um casulo de borboletas pronto a se arrebentar, pois nossa ligação com a música, navega em coisas que são desmemerizadas. Ó... eu amo palavras que a microsoft office não conhece. Eu amo ser diferente musicalmente. Gosto do erudito, mas detesto suas pretensões máximas de que são o supra sumo da arte musical. Odeio também essa história de transformar a música num objeto formatado que apenas quem sabe ler uma partitura é bom na arte. E nem me falem dessa mesmice nojenta de fazer da música algo sexualizado, nojento, e que principalmente, aniquila animais em espetáculos de coices e dor para o coitado que deve ser o rei da manada, quedar-se não num lamento, mas numa revolta de precisar ser sacrificado de forma cruel para a glorificação humana. Como roqueira, como amante da natureza selvagem, como defensora da biodiversidade, eu decretaria o FINAL DE QUALQUER ESPETÁCULO QUE ENVOLVE ANIMAIS e multaria em milhões de libras (quem fala em dólar hoje, é pobre)quem os promove e também quem acha lindo ver um touro ou um boi com uma barrigueira presa a sua barriga e seu órgão genital sendo esmagado. ISTO NÃO É ESPETÁCULO DE MÚSICA, ISTO É ESPETÁCULO DE SACRIFÍCIO!Ao contrário do que dizem, roqueiros não são e nunca foram do mal... nós pregamos, cantamos e nos juntamos por um mundo melhor, um mundo justo para que todo ser vivo seja respeitado e glorificado em sua mais esplendorosa natureza... A VIDA!

Mas voltando ao assunto principal, a música citada acima é nada mais que um desabafo de Roger Waters. Another Brick in the Wall foi composta em três partes pelo baixista e principal músico do Pink Floyd, o já citado Roger Waters. E que venham me falar que ele não era nada... farei com a pessoa o mesmo que vaqueiros e cowboys fazem com o boi, um belo chute com uma bota contendo esporas para castigar o escroto de um animal indefeso.

Water foi e é um gênio como pucos, e sozinho,  produziu um dos maiores concertos de rock da história, The Wall — Live in Berlin, com um público estimado de duzentas mil pessoas. Ele é um lenda!

Brigou com a banda, distanciou-se, separou-se da mesma e continuou sendo Roger Waters. Coisa para poucos, pois muitos querem ter sua imagem distanciada daquilo que um dia foi um sonho sonhado por muitos, mas que virou ambição para os grandes produtores e gravadoras.

Another Brik in the Wall foi e é realmente um hino. Lembrar-se do Muro de Berlim e fazer uma ligação direta com a música acredito ser motivo de orgulho para o músico, mas como já frisei, ela foi algo muito maior.



Another Brick in the Wall foi composta em três partes como uma ópera rock, pelo próprio Waters, e muito mais do que pensamos foi composta pensada sobre a sua vida e não na Queda do Muro de Berlim (astros do rock e celebridades tem vida fora dos palcos e das câmeras, dá pra dar um tempo pros caras?)

Ela é dessa forma dividida: “Parte I” (Memórias), “Parte II” (Educação) e “Parte III” (Drogas). 

A COMPOSIÇÃO E SEU CONCEITO

Cada uma das três partes tem uma similar, senão a mesma melodia e estrutura lírica (a letra não é a mesma, com exceção do refrão “all in all”) e cada uma é mais barulhenta e enfurecida do que a anterior, crescendo da tristeza da “Parte I” para a protestante “Parte II” para a furiosa “Parte III”. Esta melodia é repetida em quase todas as músicas do álbum, apesar da forma diferente cada vez.

Parte I - Enredo

O “Thin Ice” (gelo fino) discutido durante a canção anterior quebra quando Pink se torna mais velho e toma conhecimento da morte de seu pai. Pink é devastado por esta realidade e começa a construir o “Muro”.


Parte II - O coral escolar

Para a “Parte II”, o Pink Floyd precisou de um coral escolar, e o produtor Bob Ezrin pediu ao engenheiro de som Nick Griffiths para que encontrasse um. Griffiths abordou o professor de música Alun Renshaw da “Islington Green School”, que ficava na esquina do estúdio “Britannia Row”. Apesar da escola ter recebido a quantia de 1000 libras, não houve contrato para direitos sobre as vendas. Sob a lei britânica de copyrights de 1996, eles passaram a ter direitos sobre a radiodifusão, e depois que o agente Peter Rowan buscou pelos membros do coral através do website “Friends Reunited” e outros meios, eles reivindicaram seu pagamento. Ao contrário da publicação da imprensa, isso não envolveu o Pink Floyd. Os profissionais da indústria musical estimaram que cada estudante receberia cerca de 500 libras.

Parte III - Enredo

Pink decide terminar o muro como um resultado de sua raiva após a traição de sua esposa. Ele afirma ter visto “a escrita no muro”. Ele conclui que não precisa de mais nada, dispensando as pessoas em sua vida como simples “tijolos no muro”.

Parte III - Versão do filme

No filme, a canção é acompanhada por uma montagem de eventos que contribuem para a construção do muro.

(esta parte é mais ou menos uma cópia do http://whiplash.net/materias/curiosidades/104201-pinkfloyd.html) que faz uma análise riquíssima da música. 

A DESTRUIÇÃO DE UM HINO, O DESRESPEITO AO ROCK AND ROLL,ALÉM DE ABSURDO, SURREAL

Teve uma dupla sertaneja que teve o desplante de traduzir a música para o português que detonou um dos maiores hinos do rock, e pior que teve quem comprou a recebeu até postagem do mesmo no youtube. Me recuso a falar da dupla e da maior bizarrice que já ouvi!

Quem fez isso deveria pagar multa por plágio indecente, indecoroso, absurdo e muito mau gosto, além de contribuir para destruir a arte... me ajuda BENJAMIN... eu imploro! 

CONCLUSÃO

Bem, o que vem a seguir é uma explicação minha. Nunca tive a intenção de postar algo do gênero, quer dizer, fazer desabafos contra as atrocidades cometidas com animais nem com músicas e trabalhos que devem ser respeitados. Eu pretendi sim, fazer uma postagem homenageando uma banda, que como já escrevi, é uma religião, agradecer a um músico que soube dar a uma canção a notoriedade que alcançou e fazer um tributo ao aniversário da música que completou 36 anos. Porém, a ganância de alguns pseudo-músicos e fãs me deixaram tão irada que minha vontade era destruir o meu instrumento de trabalho: o PC. Me recuso a postar nome da dupla (eu odeio o sertanejo de asfalto, não o respeito e ele jamais terá espaço num blog meu) ou a bizarrice nojenta do vídeo e que me provocou apenas uma tremenda vergonha alheia e náuseas quando se vê um animal no abate!

Eu peço com o coração nas mãos e a mente onde deve estar, que cada macaco (isto não tem conotação racista) fique no seu galho. Quem tem competência, não traduz hinos, compõe suas próprias músicas (porcarias para mim, no caso em questão) e respeitem o que pertencem a quem de fato entende do assunto!

UMA HOMENAGEM RESPEITOSA

Há alguns anos, o Pearl Jam fez um cover desta música em alguns shows, com a competência que todos conhecem, a música e o músico foram devidamente respeitados. E quando isso foi feito, a intenção, a de homenagear "O" Pink Floyd, Roger Waters e Another Brick in the Wall.






Termino o show de bizarrices e desabafos por aqui, Porque quem criou esse hino, deve estar dormindo de boa, esperando o domingo chegar!

OMG... acho que fiz as correções que foram descobertas pelo meu filho... eu sou verborrágica e ele, meticuloso... eu deveria dizer "QUE CARA CHATO, MANO"! mas não posso, ele é um músico exemplar e como poucos!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

JIM MORRISON, COMPOSITOR BRILHANTE, ARTISTA CARISMÁTICO: THE DOORS E OS FANTASMAS DE MORRISON

O SURGIMENTO DA BANDA


A dupla formada por Jim Morrison e Ray Manzarek após a leitura de alguns poemas resolveram que era hora de fundar uma banda. A eles dois, juntaram-se ainda, Robin Krieger e John Densmore. 

A ligação das composições de Morrison (que compunha praticamente todas as músicas da banda), geralmente eram viagens que ele fazia ao ler alguns poetas e escritores famosos. Aliás, seu livro de cabeceira era "As portas da percepção" (ou The doorsd of perception), de Aldous Huxley. Engana-se, no entanto, quem acha vem daí o nome da banda, na verdade, o nome foi inspirado num poema de William Blake que dizia o seguinte: "Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria como realmente é: infinito".


É interessante fazer uma analogia entre Huxley e Morrison. Como todos sabem, Huxley escreveu a maior parte do livro sob o efeito de mescalina e outras drogas. Ele costumava afirmar (o que não deixa de ser verdade), que o cérebro é um órgão tão especial que consegue erradicar de nossas mentes grande parte das informações recebidas, se isso não fosse feito, todos teríamos cérebros colapsados diante do número infinito de informações que recebemos por minuto. As portas da percepção ficam normalmente meio fechadas para a própria segurança da vida humana.


Voltando ao tema central, The Doors e Jim Morrison. Jim e Ray estudaram cinema na UCLA, Califórnia, em 1965 e o que chamava a atenção dos demais, é que o jovem Jim vivia cantarolando Moonlight drive, uma canção composta por ele. 


Apesar da banda completa, ao vivo, The Doors não tinha um baixista. Manzarek, como grande improvisador, utilizava seu teclado Fender Rhodes para fazer as vezes do baixo. Já nos discos, os baixistas variavam muito.

Seria infinitamente prazeroso e interminável escrever sobre a banda, principalmente sobre Morrison, tão emblemática e apaixonante era sua presença, e olha que eu era ainda uma criança quando ouvia suas músicas quando meu irmão mais velho estava em casa.

Além de compositor e cantor, Morrison era um grande poeta, tanto que uma das mais famosas composições é considerado um hino à Guerra do Vietnan. Assim como as letras eram a especialidade de Morrison, os arranjos mais belos e antológicos partiam de Manzarek.

The end é tão forte, visceral e o vocal poderoso de Morrison tão marcante, que seria capaz de derrubar armas e quedar soldados.



Me perdoem, mas há quem não gosta do som ao vivo, eu os prefiro por passarem mais verdade e porque temos a chance de ver e ouvir declarações que a versão de estúdio não nos permitem. Somente quem já esteve num estádio lotado sabe do que estou falando.

O primeiro contrato com uma gravadora só foi assinado em 1966. Jim era uma figura polêmica e, sobretudo, cantava o que queria como queria. Seu temperamento chocava com suas letras, quando, por exemplo, num trecho de The End, ele usa a base de uma tragédia grega (Édipo Rei), na qual o protagonista mata o pai e faz sexo com a mãe.

Jim Morrison declarou certa vez que um dos eventos mais importantes da sua vida aconteceu em 1947, quando viajava com sua família e ele tinha apenas 4 anos de idade:

"A primeira vez que descobri a morte… eu, os meus pais e os meus avós, íamos de automóvel no meio do deserto ao amanhecer. Um caminhão carregado de índios, tinha chocado com outra viatura e havia índios espalhados por toda a auto-estrada, sangrando. Eu era apenas uma criança e fui obrigado a ficar dentro do automóvel enquanto os meus pais foram ver o que se passava. Não consegui ver nada – para mim era apenas tinta vermelha esquisita e pessoas deitadas no chão, mas sentia que alguma coisa se tinha passado, porque conseguia perceber a vibração das pessoas à minha volta, então de repente apercebi-me que elas não sabiam mais do que eu sobre o que tinha acontecido. Esta foi a primeira vez que senti medo… e eu penso que nessa altura as almas daqueles índios mortos – talvez de um ou dois deles – andavam a correr e aos pulos e vieram parar à minha alma, e eu, apenas como uma esponja, ali sentado a absorvê-las." (thecho retirado da Wikipédia)

A mesma música ainda ganhou uma nova versão de mais de 11 minutos, e ainda gravaram um vídeo dirigido por Morrison e Manzarek para a música Break on Through, podendo ser reconhecido como um dos primeiros no mercado mundial de vídeos.



É complicado escrever num único post sobre uma banda de vida tão curta, mas tão repleta de eventos e acontecimentos, por isso, tento colocar aqui os fatos que considero mais relevantes. Os fãs conhecem absolutamente tudo sobre essa banda sensacional, amada em todos os cantos do mundo. E cultuada até hoje por outras grandes bandas.

Até hoje, Light my fire é considerado um hit que foi hit em 1967... me perdoem a repetição do termo, é que não existe outra palavra para usar ao falar da música. As rádios mais populares podavam os solos de teclado por o considerarem longos demais, diante disso, The Doors juntamente com The Grateful Dead e O Jefferson Airplane, passaram a ser vistos com o triunvirato da contracultura rock and roll americana.



Morrison passou a se destacar como sexsymbol, o que incomodava os outros componentes e a ele próprio. Na época, a censura obrigava as bandas mudarem muitos versos das originais. Morrison aceitou, a princípio, mas na hora, como um chute no balde, mandou os versos originais da música em vídeo acima. O resultado foi a proibição de tocarem novamente num dos programas mais populares da época.

Em 1967, Jim Morrison é preso por agredir um agente da lei. Na época, o consumo de drogas somada a companhia de diversas prostituas, Morrison sofreu com as notícias e a mídia que era uma constante seguindo seus passos.

Como tudo na vida muda, principalmente na vida de grandes astro dos rock, com The doors não foi diferente. Lentamente, de ídolos com uma veia underground, cairam nas graças dos adolescentes, fazendo capas de revistas como Sexteen. Sem contar que as performances já não causavam a polêmica. Enquanto isso, Morrison se entregava ao vício do álcool

O adeus à contracultura aconteceu com o descaracterizado "Waiting for the sun". Apesar do disco ter estourado nas paradas e alcançado o primeiro lugar da Billboard com a canção Helo, I love you, o dinheiro chegou rápido e muitos artistas não resistiram, porém Morrison, continuava compondo e não freava o sucesso da banda, pois ela possuía um louco à frente.

Morrison foi novamente preso, dessa vez por obscenidade, o ano era 1969, e Morrison ameaçava mostrar a genitália no palco, papo desmentido por Manzarek. O problema é que a multidão foi à loucura e teve parte do palco danificado.



Em 29 de agosto, o grupo conseguiu marcar presença no importante festival Isle of Wight Festival, que ocorreu em 29 de agosto. No palco só existiam músicos monstruosos como Jimi Hendrix, The Who, Joni Mitchel, Miles Davis.

Aos 27 anos, o insano maravilhoso e rebelde gravou ainda uma tonelada de poemas loucos e alucinantes. Eles eram tão ricos quanto confusos. Poucos entendem a cabeça de um músico do rock and roll. Geralmente são insanas e generosas. São privilegiados os músicos que conseguem fazer parte de um time de gigantes e cá entre nós, vivemos num mundo medíocre para entender mentes tão geniais.

Em 1971, com o lançamento de L.A. Woman, o grupo volta a fazer parte da nata do rock, retornando à alma rhtym'n'blues original. As canções Love her madly e Riders on the storm explodem nas paradas amaricanas e são executadas até os dias atuais.



Ainda em 71, Morrison sai em viagem com a namorada para a admirada Paris, considerada por ele o lugar ideal para compor, pois era ela a cidade em que era possível respirar cultura. foi justamente em Paris que Morrison gravou ao lado de dois músicos de rua que conheceu durante uma de suas bebedeiras. O resultado desse fato inusitado seria lançado apenas em 1994, que em sua tradução do francês significa As gravações perdidas de Paris.


Jim Morrison era trágico e dramático, era como funcionava sua genialidade já cheia de álcool e drogas. Foi mais um entre tantos, encontrado morto pela namorada. "Provável vítima da heroína, Morrison morreu solitário em uma banheira em um apartamento em Paris. Provável porque, como nenhuma autópsia foi realizada, a causa foi apontada como falência do coração por abuso de drogas. O poeta do rock n’ roll vivia constantemente chapado e depressivo e, claro, a banda não aguentou o ritmo. Aqui e ali foi acusado de gestos obscenos e profanação. “As pessoas temem mais a morte que a dor. É estranho. A vida machuca mais que a morte. Quando morremos, a dor acaba. Acho que é uma amiga.” (retirado de Obvius - Distração planejada: Entretenimento direcionado para preencher a mente. Recomendo a leitura do blog, é ótimo).

CURIOSIDADE

Muitos rumores existem àcerca de fantasmas de Jim Morrison, se são verdadeiras, não sei, mas quem sou eu para negar algo a respeito de Morrison. Acredito até mesmo que ele era de outro planeta e que foi chamado de volta por ter deixado já o seu recado aqui e faz as suas aparições para quem merece de vez em quando. 

Em 1997, Brett Meisner, historiador do Rock, fez uma visita à famosa tumba de Jim Morrison, vocalista do The Doors falecido em 1971, localizada no "cemitério pop" Pére Lachaise (Onde ainda pode-se visitar as tumbas de Oscar Wilde ou de Chopin) em Paris.

Como todo bom especialista em Rock, ele não poderia deixar de bater uma foto diante do túmulo da famosa lenda da música. Pediu a um amigo que batesse sua foto, revelou-a e seguiu feliz sua vida.

Até 2002, quando um assistente notou algo peculiar na foto. Retirou-a de onde quer que ela estivesse e indicou o fato a Meisner; ele não estava tecnicamente sozinho na foto:



Em 2007, Densmore revelou que adoraria ter Eddie Vedder nos vocais para substituir Morrison. Mais tarde, porém, mudou de ideia com as seguintes palavras: "As minhas palavras, meu, as minhas palavras. (...) Eu gosto de qualquer reação que se possa ter com a minha música. Qualquer coisa que ponha as pessoas a pensar. Eu quero dizer que se conseguir pôr uma sala cheia de gente drogada, bêbada pensando e discutindo, então a missão está sendo cumprida". Esse era Morrison, impossível ser substituído... (retirada da Revista Rock in History, v.1, Nova Sampa Diretriz Editora Ltda)

Peço perdão por ter recorrido à várias fontes para escrever a matéria, mas durante a vida de The Doors eu era ainda muito pequena para guardar memórias minhas. E música, é sobretudo, memória. Uma memória indiscutivelmente poderosa demais para falar sem vivenciá-la em sua época.

Acho que vale muito a pena uma palhinha com Eddie Vedder fazendo um cover de Jim Morrison. Um era lindo, o outro é lindo. Mas não é só por isso, é pelo talento incontestável de ambos.



Fontes citadas, pedido de alguém especial atendido, uma tentativa feliz de escrever sobre um gênio que bebeu da vida até seu último gole. Acho que é uma missão quase que completamente cumprida.

sábado, 21 de novembro de 2015

BANDA BEM SUCEDIDA, LÍDER TALENTOSO E TRÁGICO: ALICE IN CHAINS

Ao lado de Pearl Jam, Nirvana e Soundgarden, o Alice in Chains pode ser considerada a banda mais bem sucedida do cenário grunge, mesmo tendo introduzido em seu som outros elementos, como o heavy metal e o hard rock. Seu repertório leva também uma boa pitada de pós-punk.

A banda nunca se separou e manteve sua formação original até a trágica morte do carismático, lendário, talentoso Laney Staley, ocorrida no ano 2000, decorrente de danos causados pelo uso prolongado de drogas.

De todos os talentos perdidos no mundo do rock, talvez o de Laney tenha sido o mais sentido e doloroso. Sua genialidade era incontestável e seu talento, motivo do sucesso em larga escala.

É difícil falar de Laney sem sentir um aperto na boca do estômago e uma dor no peito. A voz melancólica junto das letras eram capazes de encher de lágrimas os olhos do mais alpha de todos os machos.


Em 1987, o guitarrista Jerry Cantrell, conheceu Laney numa festa em Seatle. No época, Laney tinha o riso fácil e magicamente concentrava em si a atenção de todos os presentes em qualquer lugar em que estava. Com um enorme coração, levou Cantrell para sua casa, já que o mesmo não teria onde ficar.

Primeiramente, Cantrell convidou Laney para cantar em sua banda de glam metal chamada Diamond Lie, Laney aceitou, já que tinha saído de sua banda que era do mesmo gênero. Juntou-se aos dois, Mike Starr, mais conhecido como Jerry e que seria o último a ver Laney com vida. Jerry morreu poucos anos depois, que Laney, vítima de overdose, carregando para si o peso da culpa pela morte do grande amigo. Culpa essa infundada, apesar da aparência preocupante de Laney, Jerry cumpriu a promessa de não chamar socorro. Um ato de lealdade que de alguma forma une os artistas do rock and roll.


Juntou-se ao trio, o baterista Sean Kinney. No início, a banda fazia apenas covers de outras bandas e não levava o projeto muito a sério, somente após um ano, é que a banda recebeu o nome Alice n' Chains, que era o nome da antiga banda de Laney Staley.

No início, a banda viajava em turnê acompanhando Iggy Pop fazendo apresentações que pouco chamavam atenção, mesmo depois de já terem lançado "Dirt" e a belíssima "Rooster".




Homens andando com suas metralhadoras
Eles cospem em mim na minha terra natal
Gloria me mandou fotos do meu menino
Tenho minhas pílulas contra o mosquito da morte
Meu amigo está dando seus últimos suspiros
Deus, você não vai me ajudar a sobreviver a isso?

Em 1990, a banda grava seu primeiro EP oficial, e a faixa título é seu carro chefe e foi uma preparação para o próximo trabalho, "Facelift". Em 1992, os rapazes gravam em apenas dois dias um álbum acústico com as participações de músicos consagrados, como Ann Wilson, Chris Cornell, Mark Arm.

"Would?" trouxe sucesso à banda ao fazer parte do filme Vida de solteiro, quando a banda fez uma participação tocando o hit.

Em 1994, surgiram os primeiros rumores sobre o envolvimento de Laney com as drogas, já desmarcando shows e turnês.

Entre 1995 e 1997, Laney gravou com  Mike McCready, do Pearl Jam e o baterista do Screamming Trees, Barret Martin, o álbum Above, usando o nome Mad Season, um dos mais lindos álbuns já gravados, porém, considerado underground demais.


O estilo melancólico e a tristeza de Laney, o garoto que esperava que o pai o procurasse se ele conquistasse a fama, está presente na faixa "Wake up". O filho conquistou fama, admiração e uma legião de fãs, mas seu pai nunca apareceu.



O Alice in Chains voltou a se reunir em 1995 com o álbum de mesmo nome e mais uma vez, a banda não conseguiu sair em turnê, confirmando os rumores do estado de saúde comprometido de Laney devido ao uso cada vez mais frequente de drogas. Este foi o último álbum gravado com o vocalista, além do acústico MTV, em 1996, quando já era possível ver o estado de fraqueza do músico.

Em 1996, com a morte da noiva, Demri Parrot, Laney tornou-se um recluso, raramente saindo de seu apartamento em Seatle.

Em 20 de abril de 2002, Laney foi encontrado em seu apartamento. Uma cena que chocou o amigo Cantrell.

Em entrevista em 20 de dezembro de 2001, Staley falou sobre o estrago causado por seu vício em heroína: "eu não estou usando drogas pra ficar chapado, ao contrário do que muitas pessoas pensam. Eu sei que eu cometi um grande erro quando eu comecei a usar essa merda. É muito difícil de explicar. Meu fígado não funciona mais e eu vomito e passo mal o tempo todo. A dor é mais do que eu posso aguentar. É a pior dor do mundo. Meu corpo inteiro dói".

Quatro meses após a entrevista, Laney deixou esse plano e partiu para outro. A última declaração dada à imprensa mexe com nossos corações.

É bem provável que esses dois estejam juntos cantando lindas canções, afinal, não consigo imaginar a morte como o fim de tudo e seja lá para onde vamos, não é um lugar que possa faltar música.

(Post dedicado a uma pessoa muito especial e amada que é fã da banda e principalmente de Laney)









GENEROSIDADE EM DURAÇÃO DE SHOW E AJUDA À MARIANA

Eddie Vedder e o Pearl Jam são gigantes no que diz respeito à generosidade. Durante show realizado em Minas, Eddie leu um pequeno, porém incisivo manifesto em apoio à cidade de Mariana e adjacências:

"É duro quando grandes empresas usam e abusam de terras apenas para lucrar sem nenhum respeito pelo meio ambiente. Acidentes tiram vidas, destroem rios e, ainda assim, eles conseguem lucrar. Esperamos que eles sejam punidos, duramente punidos e cada vez mais punidos para que nunca esqueçam o triste desastre causado por eles", disse.

Eddie Vedder falou também que o cachê do show da banda será doado às vítimas, e eles pretendem criar um fundo de assistência aos atingidos pelo desastre.
Um vídeo do pronunciamento do vocalista pode ser visto mais abaixo e também no link a seguir, com mais informações sobre o show e a iniciativa da banda.





Mantenha a fonte ao citar o texto: Pearl Jam: cachê será doado às vítimas de Mariana; veja discurso http://whiplash.net/materias/news_797/234073-pearljam.html#ixzz3s9Ot9ibE
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Mantenha a fonte ao citar o texto: Pearl Jam: cachê será doado às vítimas de Mariana; veja discurso http://whiplash.net/materias/news_797/234073-pearljam.html#ixzz3s9OQSpjd 
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CONFISSÃO DE UMA BLOGUEIRA

Com pouco tempo de vida do blog, acho que já ficou claro que sou uma fã apaixonada pelo grunge e por Eddie Vedder, claro, também do Pearl Jam. Claro que não poderia ser diferente, sua voz diferenciada e seu talento não podem ser desprezados, e nem ele, seu lindo!

E quer saber? Nem ligo por ele ser baixinho. 








UM ÁLBUM, UM TRIBUTO E UMA LINDA PARCERIA: TEMPLE OF THE DOG

Era o ano de 1990 e o mundo assistiu a um acontecimento que apenas roqueiros apaixonados poderiam entender e que só aumentou o brilhantismo grunge. Chris Cornell, vocalista do Soundgarden, em uma homenagem ao amigo Andrew Wood, se une aos membros do Pearl Jam e gravaram seu único álbum, o belíssimo Temple of the dog, que apesar das críticas positivas não gravaram mais nenhum álbum.

Do aclamado álbum, três músicas viraram hits: Hunger Strike, Say Hello 2 Haven e Pushin Forward Back. A banda foi formada por nada menos que Chris Cornell (compositor, guitarra, vocal), Eddie Vedder (vocal (dueto), vocal de apoio), Mike McCready (guitarra líder), Stone Gossard (compositor, guitarra rítmica), Jeff Ament (baixo, compositor), Matt Cameron (bateria).

Infelizmente, apesar das críticas super positivas, somente após o sucesso do Pearl Jam, com o álbum Ten, é que recebeu a devida notoriedade e reconhecimento.

Após a gravação do álbum, Chris Cornell e Matt Cameron voltaram ao Soundgarden, que teve seu final em 1997. Em 1998, Matt Cameron passa a ocupar oficialmente a bateria do Pearl Jam.

Para finalizar, a matéria não ficaria completa se eu não postasse a linda canção Hunger Strike com Cornell e Vedder dividindo os vocais.